Like 👍

É famoso? 👍 Gostou? 👍 Curtiu? 👍 Apreciou? 👍 Táca-le um emoji e "bora" seguir sem ao menos saber qual a razão, mas todo mundo segue então...

Em tempos de virtualidades, se você receber muitas curtidas, é porque você é o "like" da vez. Ou você, pode inclusive, comprar seguidores e curtidas, kkkkkk. Tanta inverdade no mundo virtual.

Vamos rebobinar um pouco a vida. Há algum tempo, se você fosse uma pessoa com atributos que o qualificassem em suas ações, você era aclamado por seus amigos e exercia uma forte influência em seus meios de convívio reais.

Hoje, devido a facilidade ao mundo virtual e ao acesso às redes sociais, temos uma "falsa" aproximação de quem admiramos.

Admiramos? Temos curiosidades sobre a vida das pessoas? Ou seguimos o bando, apenas porque fulano de tal é "famoso".

Mas o que é ser famoso?

Em meus 48 anos de existência, pude acompanhar muitos avanços na era digital e, portanto, posso falar que, na minha infância, famosos eram nossos professores que exerciam uma forte liderança sobre nossas vidas e, portanto, respeitados e admirados.

Famosos eram os artistas, produtores de arte de qualidade, que vendiam suas obras e esperávamos ansiosos para apreciá-las de verdade.

Famosos eram os nossos Pais, pelas quais tínhamos orgulho e admiração por tudo o que faziam por nós e, sabíamos reconhecer.

Famoso era o Nosso Senhor Jesus Cristo, que seguíamos seus ensinamentos e tentávamos colocar em prática sua palavra.

E hoje? A quem seguimos? A quem adoramos? A quem levantamos nossas bandeiras? A quem dedicamos nosso precioso tempo?

Mas o que é ser famoso mesmo? A fama nem sempre acontece por um fato positivo na vida das pessoas, muitas vezes, um "barraco", uma fofoca ou um nudes viraliza muito mais arrastando uma legião de seguidores do que aquilo que deveriamos realmente destinar nossas atenções e emoções.

O público mais jovem segue e admira massivamente, criadores de conteúdos digitais e influenciadores, que atraem milhares de seguidores por suas postagens, que por muitas vezes, os influenciam a serem mais consumistas tanto em jogos virtuais como em produtos de diversos usos por vezes desnecessários.

Não estou aqui para criticar, mas apenas para quiçá dialogar com vocês sobre a quem estamos nos deixando e permitindo nossos filhos se influenciarem, gastando nossos preciosos tempos que poderiam ser de convívios reais.

O que surgiu para aproximar pessoas e facilitar o acesso e a praticidade com as coisas de um modo geral, bem como a informação, está casa vez nos distanciando mais das pessoas que realmente nos importam.

Já parou para perceber o quão caro tem se tornado o tempo em nossas vidas, a ponto de justificarmos que não o temos mais?

Parece que não temos mais tempo para nada e não o temos mesmo.

Somos conduzidos e convencidos a estar presentes muito mais num mundo que é virtual do que num mundo que é real e, onde os tempos exercem diferentes significados em nossos comportamentos.

Por que estamos deixando isso acontecer?

Será que os "likes" virtuais estão substituindo os "likes" reais?

Ou será que estamos conseguindo conciliar nossos “afetos” virtuais com nossos afetos reais?

Sinto que estamos precisando nos afetar e "curtir" mais os momentos de realidade comparados aos de virtualidade.

Os extremos fazem mal. Tudo bem se conseguimos dar conta dos nossos preciosos tempos externalizando o que nos afeta no real e no virtual, mas lembre-se que a virtualidade nem sempre é pautada numa realidade, ela pode estar mascarada, daí é fácil querer ser ou ter o que habita no outro lado de uma tela.

Percebo crianças, jovens e adultos sendo atraídos num ritmo frenético pelo mundo virtual, tornando-os muitas vezes, ansiosos de imersões num mundo que não lhes pertence e que gera frustrações.

Ressignifique seus modos de viver a virtualidade. A vida real pertence a um outro tempo, um tempo que se chama presente.

E você, é mais like virtual ou abraço real?

Que tal dar um abraço de verdade hoje em alguém que está ao seu lado, juntinho de você ao invés de dar um "like" a alguém que sequer sabe da sua existência?

Não permita que sua vida seja comandada por falsas realidades.

A vida acontece no aqui e no agora afetando todos os nossos sentidos e não apenas a visão, a audição e o tato que apenas toca em uma tela, precisamos tocar o coração dos nossos.

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Daniela Minello

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